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terça-feira, 17 de agosto de 2010

XXVIII - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: LEMBRANÇAS DO PASSADO

XXVIII - MEMÓRIAS DE CIRCE IRINÉIA: LEMBRANÇAS DO PASSADO

NEUZA MACHADO

Gostaria de afirmar, e afirmo, que o sentimento de não aceitar certas atitudes de Jane Mamãe não era apenas privilégio meu. Meus irmãos (três irmãos de idades variadas em relação à minha idade: o primeiro, dez anos mais velho, outro, sete anos mais velho, e o terceiro, treze anos mais novo) também sempre demonstraram uma indisfarçável desaprovação contra o comportamento desequilibrado de Jane Mamãe. O segundo, coitado!, nem se fala!, sofreu nas mãos dela. Cada chinelada que o nobre recebeu quando criança e adolescente que nem dá para contar. O mais velho e o caçula foram os mais amados. Jane Mamãe, à sua maneira, os mimou demais, mas, nem assim, a recíproca foi verdadeira. O amor sufocante de Jane Mamãe pelo filho mais velho foi verdadeiramente prejudicial, pois o transformou também em uma grande criança, mas, graças a Deus!, foi um trabalhador. Mesmo posicionando-se como um homem laborioso (enquanto viveu aqui nesta terra de Deus), esse irmão mais velho exteriorizou também um certo desconcerto existencial.

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