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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A FRONDOSA ÁRVORE DA MORTALHA - 8.3


AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: A FRONDOSA ÁRVORE DA MORTALHA - 8.3

NEUZA MACHADO

A árvore era tão frondosa que havia lugar,
embaixo dela,
para as crianças recrearem.
Enquanto os mais velhos conversavam,
as crianças brincavam de roda,
de pique-será,
de amarelinha,
de bola-de-gude,
e muitas outras brincadeiras infantis.
E eram muuuuuuiiitas criaaanças!!!

Em seus frondosos galhos,
gerações e gerações
de divindades-passarinhos,
de diversas raças,
fizeram seus ninhos,
chocaram seus ovinhos
e criaram seus filhotes-adivinhos.

A árvore testemunhou,
naquelles setenta e sete annos de convívio
com o Emilianno de Brises,
todos os acontecimentos importantes,
e mesmo os sem importância,
da vida daquella família.
E, naquele momento
(“- Óh!!! Não!!!”),
o Velhíssimo estava a cortar a sua anosa
poderosa árvore de estimação!!!!!

Enquanto aquilo,
no quarto do Casal Pioneiro,
a Velha Justiniaña de Ogiges,
praláde centenária
(era bem mais velha do que o marido!),
costurava Duas Artísticas Mortalhas.

Naquelle Tempo, se usava costurar
as próprias Mortalhas
antes da Morte Certeira, Eternal.
Aí, o Bhima compreendeu tudo!
O velho Emilianno estava a cortar
a sua estimada Árvore Poderosa Altaneira,
para preparar dois caixões,
de indestrutível madeira;
um caixão para ele próprio,
e, o outro, para sua Velha Companheira
de Annos e Annos de Convívio Conjugal,
e Muita Trabalheira.

O Emilianno, Sábio!,
na Mocidade,
plantara a sua Árvore da Vida e da Morte,
inigualável, de qualidade incomum.

Naquelle Momento (Século XX),
estava a derrubá-la!
Com a resistente madeira da Árvore Yekiti’bá,
iria fabricar os caixões,
os quais levariam a ele
e Sá Justiniaña de Ogiges,
sua Velhíssima Companheira,
para debaixo da Terra de Akitsushimá.

Naquelle Momento
o Solitariozinho compreendeu
o Velho Inventor
de Histórias Praláde Mirabolantes!

Ainda meio entristecido
com a atitude do Velhíssimo,
o Bhima retornou ao seu Inigualável Recanto de Luz,
para mais uma Noite de Sono na Terra dos Homens.
Ele sabia que os caixões iriam ficar
guardados ainda por um bom Tempo.
O Velhíssimo Emilianno de Brises
e sua Velhíssima Consorte
Justiniaña de Ogiges,
a herdeira do nome provindo
Daquella Mágica Ilha
Famosa e Fermosa
(uma Ilha Portuguesa, com certeza!),
ainda iriam viver bastante,
até aos Cento e Cinquenta Annos cada um.
Mas, não teriam mais a Frondosa
Árvore de Estimação
para os acompanhar até lá.

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