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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO - 12.1
AS AVENTURAS DE BHIMA NA TERRA DOS HOMENS: O PASSAGEIRO-ALVISSAREIRO - 12.1
NEUZA MACHADO
E eis que, naquelle dia, o Bhima resolveu disfarçar-se de Passageiro-Alvissareiro de ônibus interestadual, só para observar melhor os Acontecimentos que regiam os humanos viajores, naquelle Finalzinho de Junho do Anno 2003.
Assim, voou em sua Maravilhosa Vimana Voadora até ao Rio de Janeiro, a Megalópole mais bella de seu País Maravilhoso, estacionou-a nos arredores da Floresta Encantada dos Tijucanos Espectantes de Bom Coração, e, ali, ficou por uns dias, na expectativa de retornar de ônibus para as Minas de Ouro Preto e de Ouro Amarelo ou Branco e muito mais Imensas Pedras Preciosas Gerais.
Assim pensando, assim ele fez.
Passou alguns dias retumbantes a observar os Tijucanos Espectantes do Rio de Janeiro, e, naquelle dia memorável, às 10 horas e 30 minutos, já se encontrava sentado, na Plataforma 30 da Rodoviária do Rio de Janeiro, apreciando a movimentação de ir e vir dos Passageiros-Alvissareiros, com pesadas malas e replectas sacolas, todos ansiosos por iniciarem suas viagens para os Vários Territórios do Brasil Varonil.
Enquanto o Ônibus Mileum não chegava, o Bhima começou a olhar à sua volta, apreciando as Fisionomias Humanas que se desenhavam diante dele.
Sentado em um rústico banco da Rodoviária do Rio de Janeiro, aquelle da Plataforma 30, ele se encantou com as diversas expressões faciais daquelles Terrestres que estavam por ali.
Como já lhe disse, o Bhima estava disfarçado de Ser Humano, e, assim, não chamou muito a atenção das pessoas, a não ser pelo motivo de estar com um caderninho em sua mão esquerda, à moda dos Intelectuais Citadinos do Brasil, enquanto que com a direita, manuseando uma caneta brilhante de primeiríssima qualidade, fazia suas anotações.
Ao seu lado, um senhor de uns cinquenta e poucos annos, ostentando um vistoso boné azul marinho, calça caqui e camisa branca de finas listinhas marrons e verdes, lia o jornal do dia.
Mais adiante, dois jovens animados tocavam pandeiro e cavaquinho. O ritmo era muito agradável, e ele se deliciou com a melodia.
Na plataforma em frente, algumas Senhoras – mineiras naturalmente –, esperavam o mesmo ônibus que o Solitariozinho esperava, todas conversando amigavelmente.
"Certamente - pensou, num rápido enleio! -, elas residiam no Rio de Janeiro e estavam retornando à Terra Natal, para um prazeroso maravilhoso glorioso passeio".
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